É discutível o rótulo de "melhor jogador africano da história do futebol". Muitos craques nascidos no continente conseguiram destaque mundial, mas são poucos que conseguem status suficiente para reivindicar esse "título".
O ganes Abedi Pelé e o liberiano George Weah se destacaram nos anos 90 no futebol francês e italiano respectivamente. O segundo, inclusive, recebeu o prêmio de melhor jogador do mundo em 95.
De 2000 pra cá, dois jogadores disputam a nomeação de melhor africano da história. O marfinense Didier Drogba e o camaronês Samuel Eto'o.
Drogba talvez tenha o maior apelo popular. No continente africano, o jogador do Chelsea pode ser considera um semideus, mas os números mostram que o camisa 9 da Inter de Milão tem cacoete suficiente para ser considerado o melhor jogador da história de seu continente.
Samuel Eto'o teve seu auge na passagem pelo Barcelona, onde o atacante se sagrou tricampeão espanhol, bicampeão da copa do Rei, bicampeão da Liga dos Campeões, recebeu a bola de bronze da Fifa como terceiro melhor jogador do mundo, em 06 e marcou 130 gols, em 200 jogos, se tornando um dos maiores artilheiros da história do clube espanhol. Há dois anos na Internazionale, o africano continua mantendo o seu futebol em altíssimo nível, levando o clube italiano a conquista da tríplice coroa (Campeonato Italiano, Copa da Itália, e Liga dos Campeões) na temporada passada, além de conquistar o mundial de clube, torneio da qual foi eleito o melhor jogador.
Ainda no ano passado, Eto'o se tornou o único jogador a marcar gols em sete competições no mesmo ano (Copa do Mundo, Copa das Nações africanas, Copa da Itália, Campeonato Italiano, Copa da Itália e Liga dos Campeões, Mundial de clubes)
O ditado "contra números não há argumentos" é relativo, mas se tratando de Samuel Eto'o ele se encaixa perfeitamente e credencia o camaronês como maior jogador africano da história do futebol.
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